LYCOPODIACEAE

Huperzia sellowiana (Herter) B.Ollg.

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Huperzia sellowiana (LYCOPODIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

12.865,444 Km2

AOO:

12,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina (Windisch; Ramos, 2012).A espécie ocorre em altitude entre 700 m e 1800 m, sendo as menores altitudes na porção sul da sua extensão de ocorrência (Ollgaard; Windisch, 1987).Foi encontrado um registros para o município Iguape, SP (Brade, A. C., 8499), porém não foi possível identificar o herbário em que a coleta foi depositada (Nessel, 1955)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(iii)
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Huperzia sellowiana</i> é uma pteridófita encontrada em regiões montanas da Serra dos Órgãos (RJ), da Serra do Mar (SP e SC) e, provavelmente, do município de Caldas (MG). Tem EOO de 11.681,97 km². Por ocorrer em área altamente degradada, suspeita-se que a população seja severamente fragmentada. Os locais de ocorrência da espécie sofreram e sofrem intensa pressão antrópica, como a extração de palmito e incêndios na Serra dos Órgãos. Dessa maneira, <i>H. sellowiana</i> é considerada "Vulnerável" (VU).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Atualmente essa espécie está circunscrita em Phlegmariurus sellowianus (Herter) B.Øllg. (Øllgaard, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa (Salino; Almeida, 2009)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: A espécie é terrestre ou epífita (Ollgaard; Windisch, 1987).A espécie ocorre nas porções superiores de montanhas (Ollgaard, 1992), como aquelas encontradas na Serra dos Órgãos e Serra do Mar (CNCFlora, 2012).

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4 Infrastructure development local low
O crescimento urbano e a construção de condomínios sobre a floresta nativa e escarpas de montanhas é uma ameaça ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Miller et al., 2006).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
10.5 Fire local very low
Na Serra dos Órgãos, a estação de seca tem início em maio, com focos de incêndio mais crítico no meses de agosto e setembro. O início de incêndio ocorre principalmente pelo preparo de terreno para a prática agrícola e queda de balões. Em 2004 um incêndio iniciado provocou a queima de 250 ha. Em oito anos, 1999-2006 foi queimado 872,5 ha nas áreas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e entorno (MMA; ICMBio, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire local high
Na Serra dos Órgãos, a estação de seca tem início em maio, com focos de incêndio mais crítico no meses de agosto e setembro. O início de incêndio ocorre principalmente pelo preparo de terreno para a prática agrícola e queda de balões. Em 2004 um incêndio iniciado provocou a queima de 250 ha. Em oito anos, 1999-2006 foi queimado 872,5 ha nas áreas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e entorno (MMA; ICMBio, 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) high
O Estado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado (Costa, 1997).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU) segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre na unidade de conservação (SNUC) Parque Estadual da Serra do Mar, SP (CNCFlora, 2011)